Os moradores das Ruas Orlando Brandão, Jorge Elias Gerairdine, São Jorge e Melvim Jones, no Ano Bom, afetados pelo deslizamento de terra, ocorrido em julho deste ano, decidiram impetrar uma ação no Ministério Público Federal contra a prefeitura local. Eles acusam o Executivo de negligência e descaso, já que há mais de um ano, recorreram ao Poder Público em busca de uma solução para um vazamento constante de água, que infiltrava nos imóveis e que culminou com o desabamento de três prédios, a interdição de dois imóveis na Rua Orlando Brandão e outros dois, na Rua São Jorge. Cerca de 50 famílias e oito comerciantes foram afetados pela tragédia e buscarão na justiça, responsabilizar os culpados.
O vereador Marcelo Borges, o Marcelo Cabeleireiro (PT), que é morador de uma das ruas afetadas pelo problema, não esconde a sua indignação. "Estamos aguardando um posicionamento da prefeitura sobre as causa do deslizamento de terra. No dia 19 deste mês, fizemos uma manifestação no Centro da cidade pedindo agilidade na emissão do laudo técnico pelo Departamento de Recursos Minerais do Governo do Estado. Na ocasião, fomos informados que o laudo conclusivo necessitaria de um estudo mais minucioso e que no momento não era possível de ser realizado devido aos escombros. Naquela ocasião, a prefeitura colocou um caminhão e uma máquina trabalhando no local, só que os serviços duraram apenas dois dias. O que aconteceu", questionou Marcelo, ressaltando a aproximação do período de chuvas, o que provavelmente agravará o problema.
Maria Célia Sampaio Dias, comerciante há 22 anos no local, disse que os moradores necessitam do laudo para dar encaminhamento em suas vidas. "Perdi quase tudo que tinha, mas Deus foi generoso e deixou minha vontade e coragem de lutar por justiça".
Os moradores relataram que por diversas vezes recorreram à prefeitura e falaram sobre as infiltrações de água nos imóveis e na rua. Em outubro do ano passado, técnicos da Defesa Civil foram ao local, avaliaram a situação e emitiram um laudo dizendo que não havia qualquer anormalidade. No entanto, no início de julho deste ano, os imóveis começaram a apresentar rachaduras, época em que a Defesa Civil interditou um dos prédios e não voltou mais, até o dia da tragédia.
Para amenizar o sofrimento das famílias, a Secretaria de Estado de Ação Social e Direitos Humanos realizou o cadastro das vítimas no Projeto Morar Seguro – Aluguel Social. A expectativa do órgão é de que a primeira parcela do benefício seja creditada neste mês de setembro. O valor de R$ 500,00 será pago durante o período de um ano.
Maninho sempre na luta pela verdadeira Rádio Comunitária
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