sábado, 29 de junho de 2013
FNDC REPUDIA DECLARAÇÕES DO MINISTRO PAULO BERNARDO À REVISTA VEJA .
- 28/06/2013 |
- Coordenação Executiva do Fórum
- Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
Nota publica
Em meio a uma série de manifestações legítimas realizadas pela população brasileira por transformações sociais, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) continua atuando e contribuindo com a luta pela democratização dos meios de comunicação, pauta expressa continuamente pela população nas ruas. Em todos os estados do país, acontecem manifestações e assembleias populares que expressam o descontentamento do povo com a mídia hegemônica brasileira.
A situação de monopólio das comunicações no Brasil afeta diretamente a democracia nacional, e possibilita que grupos empresariais de comunicação manipulem a opinião pública de acordo com seus próprios interesses. Isto ficou mais do que claro nas últimas semanas: a grande mídia criminalizou os protestos durante as primeiras manifestações e depois partiu para a tentativa de ressignificação dos movimentos, com o objetivo de pautar as vozes das ruas.
Apesar desses fatos, o Ministério das Comunicações insiste em não propor ou apoiar a regulamentação dos meios de comunicação no Brasil. E mais: tem se apresentado como guardião dos interesses dos próprios donos da mídia. A fala do atual ministro, Paulo Bernardo, em entrevista à revista Veja desta semana, é uma afronta aos lutadores históricos pela democratização da comunicação e à população brasileira como um todo.
O ministro valida, na entrevista, a teoria conspiratória de que "a militância pretende controlar a mídia" e, novamente – não é a primeira vez que se vale desse artifício –, tenta confundir o debate da democratização das comunicações ao tratar a proposta popular como uma censura à mídia impressa.
Ora, é de conhecimento público que o projeto de Lei da Mídia Democrática, um projeto de iniciativa popular realizado pelos movimentos sociais para democratizar as comunicações no Brasil, não propõe a regulação da mídia impressa, muito menos a censura. É uma proposta de regulamentação para o setor das rádios e televisões no país para a efetiva execução dos artigos 5, 220, 221, 222 e 223, que proíbem, inclusive, os oligopólios e monopólios no setor. No Brasil, 70% da mídia no Brasil são controlados por poucas famílias, que dominam os meios de comunicação, que são concessões públicas. Dessa maneira, estabelecer normas não é censurar, mas garantir o direito à liberdade de expressão de todos os brasileiros e não apenas de uma pequena oligarquia.
Ao se posicionar contrariamente ao que definiram a nossa Carta Magna e as deliberações das 1ª Conferência Nacional de Comunicação, Paulo Bernardo despreza as vozes que ecoaram em todas as ruas nas últimas semanas e de todo conjunto da sociedade civil de nosso país, que há meses definiu a democratização das comunicações como uma de suas bandeiras principais de luta.
Diante desses acontecimentos, o FNDC vem a público repudiar o posicionamento do ministro e informar que, nesta semana, protocolou mais uma vez um pedido de audiência com a presidenta Dilma Roussef (o primeiro foi enviado em setembro do ano passado),que abriu sua agenda para receber os movimentos sociais brasileiros, para apresentar a campanha "Para Expressar a Liberdade", o projeto de Lei da Mídia Democrática.
Maninho sempre na luta pela verdadeira Rádio Comunitária
sábado, 22 de junho de 2013
A digitalização do Rádio e a realidade das Rádios Comunitárias .
Brigada fascista agride militantes da CUT-RJ .
20 Junho 2013 18:31
- Escrito por Imprensa CUT-RJ
Uma brigada fascista agrediu militantes da CUT-RJ durante a concentração para a manifestação de hoje (20 de junho), na Candelária. Os bandidos rasgaram as bandeiras da central e destruíram panfletos e faixas. Esse deplorável exemplo de intolerância política, atentado à democracia e violência contra a liberdade de expressão merece o mais profundo repúdio tanto da central como de todos que prezam o regime democrático, cuja conquista tanto sacrifício custou ao povo brasileiro e às suas entidades representativas.
O episódio serve de alerta para toda a sociedade brasileira, pois revela que é muito mais grave do que se supunha a presença de "cães hidrófobos" travestidos de manifestantes no seio desse movimento que toma conta das ruas do Brasil. Só a mobilização de todos os democratas será capaz de impedir um retrocesso institucional no país. A história está repleta de exemplos que mostram que a classe trabalhadora é sempre mais a penalizada quando a ordem democrática é rompida--
Maninho sempre na luta pela verdadeira Rádio Comunitária
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Gleisi: já foram tomadas medidas para reduzir tarifas .
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, apresentou nesta terça-feira (18) um estudo do governo federal sobre medidas já tomadas pelo Palácio do Planalto para garantir uma redução no preço das tarifas de ônibus de todo o País. Segundo o estudo do Planalto, a redução possível com as medidas de desoneração seria de R$ 0,23 na tarifa em São Paulo.
Gleisi destacou que o governo encaminhou em 31 de maio uma medida provisória que isenta de PIS/Cofins os serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário e ferroviário. A ministra também ressaltou que o governo fez, neste ano e em 2012 uma redução de impostos das empresas de transporte coletivo. Em agosto de 2012, observou Gleisi, a presidente Dilma Rousseff sancionou projeto de lei desonerando a folha de pagamento das empresas de transporte coletivo rodoviário.
"As duas desonerações promovidas pelo governo federal dão cerca 7,23% de redução no custo, o que é em média 20 centavos para a tarifa. Isso propicia ao municípios ou uma redução desse total ou um reajuste a menor nas tarifas de ônibus", disse Gleisi a jornalistas.
"Estamos entregando esse estudo, é importante nesse momento que as prefeituras, os municípios estão fazendo seus reajustes e há também reivindicação da população de redução do custo das passagens, o governo federal tá apresentando essa contribuição para que a gente possa melhorar o preço e beneficiar a população brasileira."
Questionada sobre os protestos que tomaram conta das principais capitais brasileiras, a ministra respondeu: "Eu não vi os protestos agora, mas como disse a presidenta, os protestos e as manifestações pacificas são legítimas. É uma conquista do Estado de direito brasileiro. Só não seremos condescendentes com a violência e com vandalismo".
A ministra reiterou que há, sim, espaço para a redução das tarifas. "Em São Paulo, com todas as outras capitais, como todos os outros municípios, há esse espaço, tanto do impacto da redução do PIS Confins como da desoneração da folha", afirmou Gleisi.
Haddad sinaliza redução da tarifa em SP; secretário propõe imposto sobre a gasolina da bomba: noticia velha que a Globo na deu.Sera porque em?
prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se comprometeu nesta terça-feira (18) a examinar a planilha de custos de transporte do município para "refletir no que eu poderia cortar de serviços para viabilizar a redução da tarifa". Ele, no entanto, não revogou o aumento durante a reunião do Conselho da Cidade, que foi praticamente unânime ao pedir a suspensão do novo valor de R$ 3,20.
"Temos caminho [para a redução], mas isso passa pela desoneração dos tributos federais e estaduais que incidem sobre o transporte público, como por exemplo o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] sobre o diesel, que já seria responsável por R$ 0,07 dos R$ 0,20 do aumento", disse.
(…)
"Como cidadão, acho que quem deveria financiar o transporte público é o transporte individual. Além de melhorar a mobilidade, incentivando quem tem carro a usar o transporte público, já que a gasolina seria mais cara e as tarifas mais baratas, ainda existem os benefícios ecológicos do processo", disse Haddad sobre a proposta.
Deu no UOL
quinta-feira, 20 de junho de 2013
UM DIA SEM REDE GLOBO .
Dia: 1º de julho de 2013 (segunda-feira)
Local: SindJor Rio (Rua Evaristo da Veiga, nº 16, 17º andar - Centro - Rio de Janeiro)
Horário: 19h
Pautas possíveis:
1) Projeto de Lei da Mídia Democrática/Campanha 'Para Expressar a Liberdade';
2) Canal da Cidadania;
3) Financiamento da comunicação alternativa, independente, comunitária, livre.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
João Pessoa sedia encontro por Mídia Democrática .
O Projeto de Lei de Iniciativa Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária participará do encontro do Coletivo de Jornalistas Novos Rumos. O objetivo do evento é debater sobre implementação de um Projeto de Lei de iniciativa popular que mude a atual legislação sobre radiodifusão, que atualmente é regulamentada por leis que já completaram 50 anos e servem para limitar a participação da sociedade na comunicação social do país. O encontro acontece em João Pessoa nesta quarta-feira (19), a partir das 17h no Sebo Cultural.
A convidada para discutir a chamada Lei da Mídia Democrática, é a jornalista alagoana Elida Miranda, integrante do movimento Luta Fenaj! e do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, que dividirá a mesa com o jornalista Rubens Nóbrega (Jornal da Paraíba), Marcela Sitônio (API), além do radialista Gutemberg Cardoso. A roda de diálogos terá a moderação do jornalista Dalmo Oliveira. A Abraço será representada pelo coordenador da entidade no Estado da Paraíba, José Moreira, que também irá compor a mesa. O mediador do debate será o jornalista Dalmo Oliveira.
O Projeto de Lei se baseia na reflexão que uma parcela da sociedade brasileira engajada na luta pela democratização da comunicação vem fazendo nos últimos anos. A discussão ganhou uma melhor sistematização durante a Conferência Nacional de Comunicação, em 2009, que reuniu uma série de propostas para avançar na regulamentação e nas políticas do setor e que foram quase que completamente negligenciadas pelos governos nacionais, estaduais e locais.
Texto do projeto
Popular prevê a divisão do sistema nacional de comunicação em privado, estatal e público, conforme previsto na Constituição, reservando 33% para este último, sendo que metade deste número deve ser utilizado de forma comunitária.
Outra proposta que consta no projeto é a da criação de um "Fundo Nacional de Comunicação Pública" para auxiliar no sustento do sistema público, que levanta recursos de forma diferente da iniciativa privada. Desse fundo, ao menos 25% serão utilizados para promover a comunicação comunitária.
Um dos capítulos do projeto de lei é todo dedicado a "concentração, o monopólio ou o oligopólio". O texto restringe a propriedade, não permitindo que se controle mais de cinco emissoras em território nacional, e impede a chamada "propriedade cruzada", situação em que um mesmo grupo explora mais de um serviço de comunicação social eletrônica no mesmo mercado ou que possua uma empresa nesse setor e um jornal impresso. O Projeto de Lei de Iniciativa Popular pode ser acessado por meio de: http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/arquivos-nocms/plip_versao_final.pdf .
Por Bruno Caetano--
Maninho sempre na luta pela verdadeira Rádio Comunitária
Termo de Ajuste de Conduta, garante espaço democrático em Radcom .
17 Jun 2013 08:00 AM PDT
O Termo de Ajuste de Conduta (TAC) garantiu o uso democrático para a Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Jucuturu, na região do Seridó no Rio Grande do Norte. A sede do Ministério Público da comarca na cidade, firmou o termo, que é resultado de um inquérito civil já existente, com o objetivo de democratizar o uso da emissora de rádio comunitária no município.
O Diário Oficial do Estado publicou na semana passada, a cópia do TAC. O documento tem por fim proporcionar 'o acesso à Rádio Cidade às diversas entidades e organizações representativas da sociedade de Jucurutu'. O fiscal da lei levou em consideração que o serviço de radiodifusão comunitária trata-se de uma concessão da União, sendo, portanto, um serviço que pertence à sociedade e que deve ser exercido no interesse desta, englobando as diversas correntes de pensamento exercitado pelas maiorias e minorias do núcleo social de Jucurutu. Outro ponto considerado foi a necessidade de disciplinar quais órgãos e entidades possuem tal representatividade. E, ainda, quais os requisitos, inclusive de tempo, para o exercício do direito à manifestação do pensamento na rádio comunitária.
O TAC contém 12 cláusulas. A cláusula primeira assegura a utilização do serviço de radiodifusão comunitária aos órgãos e entidades que possuem tal representatividade, dentre outras, organizações que tenham mais de 100 filiados, além de igrejas com representação em todo o território nacional. O documento oficial legitima com organismos detentores de tal representatividade – pela ordem – Prefeitura (secretarias municipais e direção de escolas municipais); órgãos públicos estaduais existentes no município de Jucurutu; Câmara de Vereadores; Conselho Tutelar; Sindicato dos Trabalhadores Rurais; Sindicato Patronal Rural; Associação de Pescadores; Igreja Católica; e, Igrejas Evangélicas.
Outra cláusula estabelece que, além das entidades com representatividade expressamente reconhecidas, outras que preencham os requisitos podem ter espaço cedido, desde que façam requerimento por escrito com prova dos citados requisitos e estejam constituídas há mais de um ano. As entidades e órgão representativos da sociedade farão jus ao espaço de 15 minutos semanais, exceto à Câmara de Vereadores.
O TAC determina que, com o Poder Legislativo municipal poderá ser acordado tempo maior, inclusive necessário à cobertura integral das sessões, vedada acumulação caso não haja utilização em determinada semana. A fim de assegurar a organização da grade de programação, em caso de não utilização do espaço assegurado por este acordo por cinco semanas seguidas, será aplicada sanção de vedação ao espaço por igual período.
Informações: Rádio Princesa do Vale --
Equador aprova lei que democratiza comunicação .
14 de Junho de 2013
A Assembleia Nacional do Equador aprovou, nesta sexta-feira (14), o projeto de lei que regulamenta e democratiza a comunicação. Com 108 votos a favor, 26 contra e apenas uma abstenção, a Ley Orgánica de Comunicación prevê a redistribuição do espaço radioelétrico e a universalização do acesso aos meios e às tecnologias da informação, além de financiar os sistemas públicos e comunitários do setor.
Por Felipe Bianchi, no Barão de Itararé
Em entrevista ao ComunicaSul, Rommel Jurado, secretário da Comissão de Justiça e Estrutura do Estado da Assembleia Nacional e um dos assessores da Comissão de Comunicacão que elaborou a proposta, explica as principais mudanças que a lei promoverá: "Atualmente, 90% do espaço radioelétrico está na mão de veículos privados. Com a regulação, 33% do espaço será ocupado por estes meios, enquanto 33% serão destinados a veículos públicos e 34% aos comunitários".
O financiamento dos sistemas público e comunitário no país, interditado no país pela ditadura desde 1973 e fundamental para a garantia de diversidade e pluralidade de ideias na mídia, também estará garantido no orçamento do governo. Os veículos terão direito de vender publicidade pública e privada e de receber investimentos financeiros nacionais ou estrangeiros, com exceção dos veículos públicos de abrangência nacional, que não poderão circular publicidade comercial.
A oposição do governo de Rafael Correa, reeleito em fevereiro deste ano, vinha boicotando a votação desde 2008. Segundo Jurado, "até eles reconheciam que o projeto tinha qualidade e ampliava a liberdade de expressão na sociedade equatoriana, mas como são alinhados à grande mídia privada, temiam perder seus privilégios".
A ampla vitória de Correa e do movimento Alianza Pais nas urnas, porém, garantiu grande maioria na Assembleia Nacional, o que tornou muito provável que a regulação fosse levada a cabo. Com a aprovação do projeto, o Equador se soma aos países do continente que enfrentaram os seculares impérios midiáticos e estabeleceram leis para garantir a democracia no setor, como a Argentina e a Venezuela.
No Brasil, o tema está estagnado na esfera do governo, o que levou a campanha Para Expressar a Liberdade a lançar o Projeto de Lei da Mídia Democrática. Por se tratar de Iniciativa Popular, o projeto precisa de 1,3 milhão de assinaturas para chegar ao Congresso.
Felipe Bianchi é jornalista – Fale Rio - Frente Ampla pela Liberdade de Expressão e Direito à Comunicação - RJ
Maninho sempre na luta pela verdadeira Rádio Comunitária
sábado, 15 de junho de 2013
Ministério anistia e legaliza emissoras comerciais ilegais, mas rádios comunitárias ainda são criminalizadas
amarcbrasil
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, anunciou que irá regularizar e anistiar cerca de 4 mil e 500 retransmissoras de TVs comerciais que operam ilegalmente há anos no Brasil. Durante entrevista para a revista Teletime, o ministro afirmou que fez uma opção pela legalização das transmissões clandestinas: "Vou pôr o pessoal para lacrar ou vou regularizar? Optamos pela segunda coisa". Já com as rádios comunitárias a situação é inversa: as emissoras que prestam um importante serviço de utilidade pública são fechadas diariamente pelo poder público e os comunicadores populares criminalizados.
Segundo informações da Teletime, Paulo Bernardo relatou que o Ministério Público chegou a lacrar algumas antenas nos municípios mineiros de Papagaios e Sete Lagoas, mas o Minicom não poderia fazer o mesmo porque significaria acabar com o sinal de TV dessas localidades. Por isso, o caminho foi a regularização sem a punição pelo tempo em que eles operaram irregularmente .
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Uma lei para expressar a liberdade .
ROSANE BERTOTTI -
Regulação democrática da mídia nada tem a ver com censura. A invocação desse fantasma só interessa a quem quer impedir a discussão
Entidades da sociedade civil acabam de lançar a proposta de uma nova lei geral de comunicações para o Brasil. O objetivo é coletar 1,4 milhão de assinaturas de apoio para um projeto de lei de iniciativa popular. Quem lidera a ideia é o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, que reúne mais de cem organizações.
Mas, afinal, o que querem essas organizações? Temos mesmo um problema no setor?
Há vários motivos para dizer que sim. O primeiro é que o sistema de comunicação no Brasil não reflete a pluralidade de pontos de vista e a diversidade da sociedade brasileira. Concentrada na mão de poucas famílias, a mídia brasileira não garante liberdade de expressão de forma igual para todos. Grupos sociais como trabalhadores e movimentos sociais são hoje vozes silenciadas; mulheres, negros e a população LGBT são subrepresentados e vítimas de estereótipo.
Em segundo lugar, quatro dos cinco artigos da Constituição Federal sobre o tema não foram devidamente regulamentados, o que significa que importantes garantias aprovadas em 1988 na prática ainda não vigoram. A lei de 1962 que trata de televisão e rádio, além de estar desatualizada, não estabelece garantias mínimas para pluralidade e diversidade no setor.
Em terceiro lugar, exemplos internacionais mostram que países tidos como referências democráticas promovem a regulação da mídia. Reino Unido, França e Estados Unidos consideram que a regulação democrática não é impedimento à liberdade de expressão. Ao contrário, é sua garantia. O mercado, por seus próprios meios, não garante diversidade e pluralidade.
A expectativa do FNDC era de que o governo federal lançasse uma consulta pública sobre a nova lei geral de comunicações. Um anteprojeto chegou a ser produzido no último ano do governo Lula, mas foi engavetado na atual gestão. Em função dessa quebra de compromisso, entidades se juntaram na campanha Para Expressar a Liberdade e prepararam um texto para discutir com a sociedade e coletar assinaturas.
O projeto abrange a comunicação social eletrônica, incluindo serviços de rádio e televisão por todas as plataformas, e regulamenta os artigos 220 a 223 da Constituição. O foco está no combate à concentração do setor, e para isso ele proíbe a propriedade cruzada de TV, rádio e jornal, inspirado em referências internacionais, e impede a concentração indevida de verbas publicitárias.
O texto também propõe a proibição da outorga para políticos, além de criar limites para o conteúdo religioso na televisão. Ficam definidas cotas de conteúdo regional e independente, além de direito de antena para grupos sociais e regras para o exercício do direito de resposta. Cria-se a figura do defensor dos direitos do público, para receber manifestações da sociedade sobre os serviços públicos de comunicação.
O projeto deixa claro que regulação democrática nada tem a ver com censura. A invocação desse fantasma só interessa àqueles que querem impedir a discussão pública. Afinal, contra fantasmas não há espaço para argumentos. Está na hora de o Brasil debater o tema --sem censura-- e aprovar uma lei que garanta a liberdade de expressão.
ROSANE BERTOTTI, 47 anos, é secretária nacional de comunicação da CUT (Central Única dos Trabalhadores)e coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
Dilma escolhe os poderosos e dá as costas para a liberdade de expressão .
Enquanto as Rádios Comunitárias lutam bravamente para atender os interesses das comunidades brasileiras sem o apoio do Ministério das Comunicações, a presidente Dilma Rousseff aprova a migração de 2 mil emissoras de rádio AM para a faixa de FM. Se de um lado, as emissoras que transmitem a voz do povo são humilhadas pela arrogância da Anatel e seus estúpidos agentes, as rádios comerciais conseguem garantir mais ainda nas FMs, seu espaço ganancioso de lucro com suas programações chulas e sem nenhum compromisso social. É assim que a presidente Dilma mostra sua total indiferença por aqueles que sofrem com a falta de comunicação e serviços prestados pelo estado.
A proposta levada à presidente pelo ministro das comunicações Paulo Bernardo, no dia 6 de junho, traduz o caminho anti-democrático que este governo vem tomando. Subtrair do povo, o seu direito humano de comunicação, para garantir aos empresários mais espaços para seus lucros, é uma total falta de respeito pela histórica luta das rádios comunitárias no Brasil.
A Abraço (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária) foi fundada há 16 anos com o objetivo de garantir a democratização dos meios de comunicação. Pois as rádios comunitárias e as demais mídias alternativas são as opções que oferecem qualidade de informação e prestação de serviços. Já as emissoras comerciais, são veículos ligados a corporações sem objetivo algum que não seja o lucro. Sejam empresários, religiosos ou políticos, os veículos comerciais sempre são dependentes de interesses da classe dominante.
A presidente Dilma Rousseff, que foi vítima da ditadura que vetou a liberdade de expressão no Brasil, age como os generais que roubavam do povo, o seu direito de falar, ouvir, escrever e ler. Em nosso país, as rádios comunitárias são de fundamental importância para a sobrevivência digna de várias comunidades. Nesse imenso Brasil, existem localidades onde as necessidades de saneamento, saúde, segurança, e até alimentação, só podem ser ouvidas através das emissoras comunitárias. E enquanto as rádios comerciais que exploram o povo, recebem os espaços nas FMs, as Rádios Comunitárias são perseguidas e humilhadas com o raio de 1 quilometro.
O que a Abraço defende há 16 anos é a destinação de pelo menos três canais para as rádios comunitárias para acabar com o choque de frequências. Enquanto isso em apenas uma reunião no Ministério das Comunicações com o Paulo Bernardo, a Abert (Associação Brasileira de rádio e televisão) garante a entrega todos os canais para a radiodifusão comercial.
A mesma assinatura que garante os privilégios às rádios comerciais e seus empresários, humilha as rádios comunitárias e o povo sofrido deste país. A presidente Dilma finalmente mostra de que lado está. O lado das organizações globo e das outras famílias poderosas, que insiste em decidir o que pode e o que não pode ser informação. O lado da mídia que deturpa, mente e fere a dignidade desta nação. Ou seja, o lado dos que não ajudaram a presidente Dilma a se eleger. Estranha contradição, que só os interesses comerciais podem explicar.
Por Bruno Caetano Da Agência Abraço
domingo, 9 de junho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
Homenagem aos 10 anos do Brasil de Fato e para a Comunicação Alternativa do Rio de Janeiro .
- ABI – Rua Araújo Porto Alegre, nº 71/7º andar (Próximo a Cinelândia)
-
No dia 14 de junho, o Jornal Brasil de Fato receberá a maior honraria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a Medalha Pedro Ernesto, por iniciativa do mandato do vereador Renato Cinco (PSOL).
A entrega ocorrerá em um grande debate com a presença de João Pedro Stedile, Nilton Viana, Marcelo Freixo, Silvio Tendler, Mauro Iasi, Repper Fiell, Levante Popular da Juventude, Mário Augusto Jakobskind, Claudia Santiago. O evento será no Auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a partir das 18h30.
O Brasil de Fato é um jornal escrito por trabalhadores e movimentos sociais do campo e da cidade, tendo sido nos últimos dez anos uma voz alternativa à imprensa comercial, comprometida com as grandes empresas e governos.
Também serão homenageados com moções da Câmara: Agência de Notícias das Favelas, Agência Petroleira de Notícias, Agência de Notícia PULSAR, Núcleo Piratininga de Comunicação, Jornal O Cidadão, Jornal Voz da Favela, Jornal Sem Terra, Jornal da ABI, Comissão em Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI, Revista Vírus Planetário, Rádio Santa Marta, Programa Faixa Livre, TV CAOS, APPAFUNK, Domingo É Dia de Cinema, Bonde da Cultura, Orquestra Vermelha ,LATUFF Cartoons, Samuel Tosta – fotógrafo, Naldinho – Escola de Fotógrafos Populares da Maré.
Na mesma noite, teremos a Festa Cinco para a Livre Comunicação, no Centro Cultural Maria Teresa Vieira, Rua da Carioca, nº 85 (Próximo a Praça Tiradentes).
Confirme presença na festa!
Programação:
Exposição sobre os 10 anos do Jornal Brasil de Fato – 17:00 H
Entrega da Medalha e das Homenagens – 18:00 H
ABI – Rua Araújo Porto Alegre, nº 71/7º andar (Próximo à Cinelândia)
Festa Cinco para a Livre Comunicação – a partir das 22:00 H
Fale Rio - Frente Ampla pela Liberdade de Expressão e Direito
à Comunicação - RJ
sexta-feira, 7 de junho de 2013
I Simpósio Nacional de Rádio em João Pessoa
Vem aí o I Simpósio Nacional de Rádio! De 09 a 11 de julho na Universidade Federal de João Pessoa-PB, acontecerão várias atividades referentes à radiodifusão. Em torno do tema "Academia e mercado – aproximações e desafios", o evento contará com palestras, lançamentos de livros e debates sobre os atuais assuntos que giram em torno do serviço. O evento é uma realização do Laboratório de Rádio do Decomtur, do Centro de Comunicação Turismo e Artes, e do Programa de Pós-graduação em Jornalismo UFPB.
Veja abaixo a programação completa:
I Simpósio Nacional de Rádio
Academia e mercado – aproximações e desafios
09 a 11 de julho de 2013
UFPB – João Pessoa
Programação geral (provisória)
Terça – 09 de julho
Noite
Local: Auditório 412 CCHLA
18:30 – Cerimônia de Abertura
19:00 – Conferência de Abertura – Rádio, convergência e formação do radialista – Nair Prata (UFOP)
Mediação: David Fernandes (UFPB)
20:30 Lançamento local dos livros do GP de Rádio e Mídia Sonora da Intercom:
-Enciclopédia do rádio esportivo brasileiro. Nair Prata e Maria Cláudia Santos (orgs).
-O rádio e as copas do mundo. Patrícia Rangel e Marcio Guerra (orgs)
Luiz Arthur Ferraretto (UFRGS)/ Nair Prata (UFOP)/ Norma Meireles (UFPB)
Quarta – 10 de julho
Manhã
Local: Auditório 412 CCHLA
08:00 – Mesa – Radiodifusão comunitária e o mercado de trabalho
Conceito e história da radiodifusão comunitária – Moacir Barbosa de Sousa (UFRN)
Espaço dos comunicadores comunitários – Dalmo Oliveira (EMBRAPA/PB – Coletivo de Jornalistas Novos Rumos)
09:00 – Mesa – Rádio: esporte, cultura e sociedade
Rádio esportivo- Franco Ferreira (Rádio Tabajara)
Rádio musical- Guilherme Jorge Farias (Cabo Branco FM)
Rádio e cidadania- Luiz Custódio (UEPB)
Mediador: Victor Braga (UFPB)
Tarde
14:30 Grupos de pesquisa (Apresentação de Trabalho)
Salas CCTA
Noite:
Local: Auditório 412 CCHLA
19:00 – Mesa – Radiojornalismo na Paraíba
Rádio all news – Veronica Guerra (CBN João Pessoa)
Radiojornalismo público – Marcos Thomaz (Rádio Tabajara)
Pós-graduação e mercado local – Joana Belarmino (UFPB)
Mediador: Carmélio Reynaldo (UFPB)
Manhã
Local: Auditório 412 CCHLA
08:00 – Mesa – Novas diretrizes de rádio e TV
Moacir Barbosa (UFRN)
Nair Prata (UFOP)
Luiz Artur Ferraretto (UFRGS)
Mediadora: Annelsina Trigueiro (UFPB)
Intervozes realiza três dias de debates sobre políticas de comunicação no Brasil .
Na quinta-feira, dia 27, o debate "Canal da Cidadania: mais pluralidade e diversidade ou mais uma miragem na TV digital?" tem como palestrantes Cláudia de Abreu (Frente Ampla pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação – Fale-Rio); Arthur William (Associação Mundial de Rádios Comunitárias – Amarc), Otávio Pieranti (Ministério das Comunicações) e representante da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro (a confirmar). O Canal da Cidadania estava previsto no decreto que regulamenta a TV digital no Brasil, de 2006, mas somente no ano passado foi publicada uma portaria com as regras para sua outorga. Com a implementação do Canal, haverá quatro faixas de programação: uma para o poder executivo municipal; uma para a Câmara dos Vereadores e duas para a sociedade civil.
Os desafios para a garantia da internet de qualidade para todos serão discutidos na sexta-feira, 28, a partir do lançamento do livro "Caminhos para a universalização da Internet banda larga: experiências internacionais e desafios brasileiros". A publicação mapeia as principais estratégias governamentais para a inclusão digital, em diferentes países. A pesquisa foi realizada pelo Coletivo Intervozes com apoio do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e conta com um site (www.caminhosdabandalarga.org.br) que disponibiliza o livro interativo, entre outros recursos. A publicação tem 405 páginas e custa 30 reais. O debate vai contar com Jonas Valente (pesquisador do livro, mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília – UnB – e integrante do Coletivo Intervozes), Marcos Dantas (professor doutor da Escola de Comunicação – ECO/UFRJ) e Graciela Selaimen (Instituto Nupef – Núcleo de Pesquisas, Estudos e Formação).
O fechamento das atividades acontece no sábado, dia 29, com um curso sobre radiodifusão no Brasil, ministrado pela professora doutora Suzy dos Santos (ECO/UFRJ) e por Jonas Valente. Pela manhã, a professora vai ministrar a aula "Poder e mídia: economia e política da legislação da radiodifusão no Brasil", para situar como se organiza o setor no país. À tarde, Jonas Valente vai discorrer sobre o tema "Para expressar a liberdade: movimento pelo direito à comunicação e o projeto de lei de mídia eletrônica", com enfoque sobre o debate em curso acerca de uma nova lei brasileira para rádio e TV.
As atividades são uma realização do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, em parceria com o grupo de pesquisa Políticas e Economia Política da Informação e da Comunicação (PEIC) da ECO/UFRJ.
SERVIÇO
"A esperança não vem do mar nem das antenas de TV? Políticas e direito à comunicação hoje"
Datas: 27, 28 e 29 de junho
Horários: 18h30 (27 e 28 de junho) / 9h-12h e 14h-17h (29 de junho)
Local: Campus da Praia Vermelha da UFRJ, Avenida Pasteur, 250 – Fundos – Urca (ver local de cada atividade abaixo).
Inscrições gratuitas: http://bit.ly/cursointervozes2013
Mais informações:
Daniel Fonsêca – (21) 7901-1122 fonsecaufc@gmail.com
Olívia Bandeira – (21) 8800-8996 oliviabandeira@gmail.com
Iara Moura – (21) 6942-0910
PROGRAMAÇÃO
Dia 27 jun. 2013, 18h30min, Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) – Av. Pasteur, 250 – Fundos – Urca. Canal da Cidadania: mais pluralidade e diversidade ou mais uma miragem da TV digital?
Dia 28 jun. 2013, 18h30min, Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) – Av. Pasteur, 250 – Fundos – Urca. Lançamento do livro "Caminhos para a universalização da Internet banda larga: experiências internacionais e desafios brasileiros"
Dia 29 jun. 2013, Central de Produção Midiática (CPM)/Escola de Comunicação – Av. Pasteur, 250 – Fundos – Urca. Marco regulatório e a campanha por uma nova lei de mídia no Brasil
Manhã (9h-12h) – Poder e mídia: economia e política da legislação da radiodifusão no Brasil – Suzy dos Santos (professora adjunta da ECO/UFRJ e integrante do grupo de pesquisa PEIC)
Tarde (14h-17h) – Para expressar a liberdade: movimento pelo direito à comunicação e o projeto de lei de mídia eletrônica – Jonas Valente (mestre em Comunicação pela UnB e integrante do Coletivo Intervozes)
à Comunicação - RJ
Site: www.falerio.com.br
Twitter: @FaleRJ
YouTube: www.youtube.com/falerj
Debate Democratização das Comunicações .
à Comunicação - RJ
Próxima reunião:
Dia: 1º de julho de 2013 (segunda-feira)
Av 13 de maio, 13 - 8o andar as 19 horas
Horário: 19h
Pautas possíveis:
1) Projeto de Lei da Mídia Democrática/Campanha 'Para Expressar a Liberdade';
2) Canal da Cidadania;
3) Financiamento da comunicação alternativa, independente, comunitária, livre.
dia 13 de junho de 2013 quarta feira
Fwd: [Fale-Rio] Fwd: Na cidade do Rio, Copa das Confederações terá o merecido contraponto!
Nos fins de semana anteriores serão organizados amistosos entre as equipes, mobilizando as comunidades para se preparar pro grande dia do campeonato. Já entramos em contato com algumas capitães. Esperamos conseguir formar times masculinos e femininos!
Inscrições abertas para Copa das Remoções até segunda-feira, 13 de maio.
Como fazer: enviar um e-mail para copadasremocoes@gmail.com com o nome da comunidade e o telefone de contato da pessoa responsável pelo time.
A organização irá entrar em contato com todas as equipes para marcar uma reunião e fechar detalhes das regras e regulamento do campeonato (chaves, jogos, local, duração, etc).
Contamos com vocês!
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Apenas 22 municípios solicitaram outorga do Canal da Cidadania .
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Bruno Marinoni - Observatório do Direito à Comunicação | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
06.06.2013 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Após quase seis meses de publicada a norma que regulamenta o Canal da Cidadania , apenas 22 municípios brasileiros (dentre 5.570 existentes) solicitaram a outorga para a implementação do canal. As prefeituras têm a preferência para fazer o pedido até junho de 2014, quando os governos estaduais passam a também poder fazer a solicitação. As capitais encontram-se até agora de fora da lista de solicitantes, embora lugares como Rio de Janeiro e Porto Alegre, por meio de articulação local ou da prefeitura, já tenham manifestado algum interesse junto ao Ministério das Comunicações (Minicom). O Diretor de Acompanhamento e Avaliação em Serviços de Comunicação Eletrônica do Minicom, Octavio Pieranti, considera 22 municípios "um número positivo", levando em conta que alguns dos atuais prefeitos assumiram os governos locais neste ano, tendo um contato muito recente com a realidade financeira do município e com a regulamentação do Canal da Cidadania, publicada em dezembro de 2012. Dentre outras razões enumeradas pelo representante do Ministério das Comunicações, pode-se destacar a "falta de proximidade com o tema" do poder público local, a dívida pública (a documentação exigida inclui certidões de débitos) e a espera da queda dos preços de equipamentos para produção de conteúdo com tecnologias digitais. Para Daniel Fonsêca, representante do Intervozes na Frente Ampla pela Liberdade de Expressão (Fale Rio), a lista revela uma baixa procura causada, entre outras coisas, pela "falta de empenho do Governo Federal em instrumentalizar técnica e juridicamente os entes públicos que podem candidatar-se a gerir os Canais da Cidadania". Segundo ele, "há morosidade, ausência de garantias e de clareza do governo federal na estruturação e viabilização do operador de rede (especialmente da Superintendência de Suporte da EBC, responsável direta pelo processo). Com a falta desse instrumento será mais difícil para as emissoras do campo público efetivarem a migração para o sistema digital" Na cidade do Rio de Janeiro, a Fale-Rio junto com a Frente Parlamentar de Comunicação e Cultura vem buscando a implementação do Canal da Cidadania na cidade. O vereador Reimont (PT), líder da Frente, encaminhou à prefeitura um requerimento de informações sobre o andamento do processo (para o caso de já haver alguma iniciativa nesse sentido) e solicitou a realização de uma audiência pública com o poder público municipal. Veja abaixo a lista de municípios que já solicitaram:
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quarta-feira, 5 de junho de 2013
Movimento Estudantil e a democratização dos meios de comunicação .
O tema está entre as resoluções do 53º Congresso da UNE. O projeto de Lei da Mídia Democrática foi apresentado em palestra e blogueiro desafiou estudantes a coletar 300 mil assinaturas.
A luta pela democratização dos meios de comunicação é uma das bandeiras de luta da União Nacional dos Estudantes (UNE) e foi incluída entre as doze resoluções do 53º Congresso da entidade, que aconteceu neste fim de semana, em Goiânia. De acordo com a resolução, a democratização das comunicações é um ponto para avançar na luta por mudanças mais profundas na sociedade brasileira.
"A luta pela democratização dos meios de comunicação assume um papel central para a democratização da sociedade brasileira. Não contribui para a democracia o fato de termos um oligopólio na área das comunicações onde poucas famílias controlam a programação de toda a população. Assim sendo, a mídia atual não representa a opinião pública, mas apenas a opinião publicada. Por isso, a luta pela consolidação de um novo marco regulatório para a comunicação é fundamental", diz o documento.
Em palestra realizada no CONUNE, blogueiros falaram sobre o Projeto de Lei da Mídia Democrática. O blogueiro e jornalista Altamiro Borges desafiou os estudantes a conseguirem 300 mil assinaturas para o documento que propõe uma nova regulamentação para as rádios e televisões brasileiras. O atraso em definir leis para definir a melhor forma de organização dos meios de comunicação foi consenso geral na mesa chamada "A luta pela ampliação a liberdade de expressão".
Os blogueiros Altamiro Borges e Luiz Carlos Azenha, e a representante do Fórum Nacional pela Democratização, Maria Mello, falaram sobre o desafio da luta pela liberdade de expressão para a conquista das lutas do movimento estudantil.
"Esse é um tema transversal (comunicação) porque tem a ver com a luta de ideias. Por isso, não haverá, por exemplo, nenhum avanço estudantil se não for enfrentado o debate sobre a democratização dos meios", argumentou Altamiro Borges.
Miro destacou ainda a necessidade de a sociedade lutar pela regulação da comunicação, a começar pelo cumprimento da Constituição Federal, que determina que não pode haver monopólio. "É preciso aplicar a lei. Mais do que isso, é preciso estimular a diversidade e a pluralidade informativa. Já pensou se a UNE tivesse direito em aparecer 15 minutos numa rede aberta para convidar os jovens a participar do Congresso? Isso se chama direito de antena e é o básico para se discutir ampliação da liberdade".
Presente ao debate, o deputado do Rubens Otoni (PT-GO) destacou a urgente necessidade de regulamentar os meios de comunicação no país. Para ele, é preciso que o Estado, em nome da sociedade, fixe parâmetros e regras que não impliquem a restrição de conteúdo, mas normas de funcionamentos para esses meios, "que são cada vez mais poderosos, formam opiniões e difundem interesses", afirmou.
"É um assunto delicado, que merece atenção especial do governo. Precisa ser discutido, colocado em pauta sempre. Sou muito adepto à luta pela regulamentação", completou.
De acordo com site da UNE, a definição de um novo marco das comunicações é necessária, atual e deve estar subordinada aos seguintes princípios: garantia da liberdade de imprensa e da pluralidade; respeito à privacidade; direito de resposta e de imagem; não à discriminação de qualquer tipo; complementaridade entre o sistema público, estatal e privado; desconcentração e democratização da oferta; promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente e à comunicação comunitária; universalização do acesso; liberdade na internet e liberdade de imprensa.
Durante o evento foram coletadas assinaturas e distribuídos formulários do projeto de Lei da Mídia Democrática.
Veja as notícias da UNE:
http://www.une.org.br/2013/06/veja-as-resolucoes-do-53%C2%B0-congresso-da-une