quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Deputados criticam governo por não enviar projeto de nova lei de mídia ao Congresso .
Deputados criticaram, nesta quinta-feira (21), a decisão do Executivo de não enviar o anteprojeto de nova lei geral de comunicações eletrônicas para o Congresso. Ontem, no Seminário Políticas de (Tele) Comunicações, em Brasília, o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, disse que não há previsão de o texto ser entregue ainda neste governo, ao contrário do que vinha sendo anunciado pela pasta desde o início do mandato de Dilma Rousseff. Segundo Alvarez, o calendário político, com ano pré-eleitoral, torna esse debate impossível no Legislativo.
Arquivo/ Beto Oliveira
A legislação do setor de rádio e TV é de 1962 (Código Brasileiro de Telecomunicações – Lei4.117/62). No início do mandato de Dilma, a atualização da norma era anunciada como prioridade pelo ministério. No ano passado, a pasta anunciou a realização de consulta pública sobre o anteprojeto de lei, antes do envio para o Congresso – o que nunca ocorreu. O anteprojeto foi elaborado por um grupo de trabalho interministerial ainda durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e revisado pelo Ministério das Comunicações no início do Governo Dilma.
A modernização da legislação é demanda histórica de deputados ligados ao setor, como Luiza Erundina (PSB-SP) e Jorge Bittar (PT-RJ), que criticaram a decisão. "Os governos Lula e Dilma pouco avançaram na democratização das comunicações no Brasil", enfatizou Erundina. "A legislação precisa ser atualizada para garantir a democratização dos meios, assegurar a liberdade de expressão – o que é diferente da liberdade de empresa – e a eliminação de monopólios e oligopólios", completou.
A parlamentar ressaltou ainda que diversos artigos do capítulo da Constituição relativo às comunicações ainda não foram regulamentados, como o que proíbe que detentores de cargos públicos e de mandatos populares tenham concessões de rádio e TV.
Resistências
Por sua vez, Bittar afirmou que a atualização da lei é necessária principalmente para rever as regras para as concessões de radiodifusão, sobretudo diante da chegada da TV digital e da convergência de mídias. Ele destacou que o marco legal de TV paga foi atualizado recentemente, mas que não há avanços na legislação de rádio e TV aberta, que são serviços públicos. Bittar foi relator na Câmara da nova lei de TV por assinatura (12.485/11).
Arquivo – Diógenes Santos
Segundo o deputado, muitos empresários do setor classificam a tentativa de novo marco regulatório de censura, o que não teria sentido. "É preciso colocar de lado a ideia de que qualquer mudança na legislação de rádio e TV significa censura ou interferência em conteúdos", destacou.
Iniciativa popular
Erunina acredita que a saída para promover a modernização do marco legal das mídias eletrônicas será um projeto de iniciativa popular, tal qual ocorreu com a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar135/10). A deputada ressaltou que entidades sociais ligadas à defesa da democratização das comunicações já lançaram a ideia e elaboraram anteprojeto, e as assinaturas necessárias para a apresentação da proposta deverão começar a ser recolhidas em breve. De acordo com ela, o apoio a essa medida será discutido na próxima reunião Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão, prevista para semana que vem.
O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), também manifestou preocupação com a declaração do secretário-executivo do ministério. Na visão dele, o governo deve enviar logo a proposta, que já está sendo discutida há muitos anos no Executivo, para que o Congresso possa ingressar no debate.
"O governo gasta um tempo enorme e depois quer que o Congresso seja rápido, quando o inverso deveria acontecer", opinou Azeredo. Segundo ele, os integrantes da comissão até poderiam apresentar projeto próprio sobre o assunto, porém a iniciativa não prosperaria. "O governo, que tem maioria, não vai permitir que um projeto independente nessa área caminhe", disse.
Apoio ao governo
Já o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), ex-ministro das Comunicações, apoiou a decisão do governo de não enviar o anteprojeto de mídia eletrônico ao Parlamento. "Deve-se ter muita cautela para não impedir que novas tecnologias sejam adotadas. Senão, você regulamenta tanto que a chegada ao mercado de novas tecnologias fica impossível", declarou. Conforme o parlamentar, é necessária agilidade do Executivo, por exemplo, para as concessões de rádios comunitárias, mas isso não demanda atualização legal. "É preciso que se diga qual atualização é indispensável, e não falar em tese", salientou.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Marcelo Oliveira --
6 de março! Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais em Brasília .
As Centrais Sindicais marcharão unidas em Brasília, no dia 6 de março. Será "em defesa da cidadania, do desenvolvimento e da valorização do trabalho".Com o apoio dos movimentos sociais, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade e com a nossa participação e cobertura junto a Agência ABRAÇO de Comunicação Comunitárias, vamos ampliar a pressão sobre o governo federal e o Congresso Nacional pela retomada dos investimentos públicos, em defesa da produção, de salários e empregos de qualidade no Brasil, garantindo contrapartidas sociais e combatendo a especulação e os abusos do sistema financeiro.
Frente aos impactos negativos da crise internacional, mais do que nunca é necessário apostar na força do nosso povo, do nosso mercado interno e fazer frente à desnacionalização e à desindustrialização, que ameaçam a retomada do crescimento conquistada no último período e a própria política de valorização do salário mínimo.
Voltamos às ruas para fazer a roda da economia girar, com mais e melhores salários e empregos, e ampliando direitos.
Maninho sempre na luta pela verdadeira Rádio Comunitária
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Nota pública: governo federal rompe compromisso com a sociedade no tema da comunicação .
A declaração do secretário-executivo do Ministério das Comunicações, no último dia 20, de que este governo não vai tratar da reforma do marco regulatório das comunicações, explicita de forma definitiva uma posição que já vinha sendo expressa pelo governo federal, seja nas entrelinhas, seja pelo silêncio diante do tema.
A justificativa utilizada – a de que não haveria tempo suficiente para amadurecer o debate em ano pré-eleitoral – é patética. Apesar dos insistentes esforços da sociedade civil por construir diálogos e formas de participação, o governo Dilma e o governo do ex-presidente Lula optaram deliberadamente por não encaminhar um projeto efetivo de atualização democratizante do marco regulatório. Mas o atual governo foi ainda mais omisso ao sequer considerar a proposta deixada no final do governo do seu antecessor e por não encaminhar quaisquer deliberações aprovadas na I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em 2009. O que fica claro é a ausência de vontade política e visão estratégica sobre a relevância do tema para o avanço de um projeto de desenvolvimento nacional e a consolidação da democracia brasileira.
A opção do governo significa, na prática, o alinhamento aos setores mais conservadores e o apoio à manutenção do status quo da comunicação, nada plural, nada diverso e nada democrático. Enquanto países com marcos regulatórios consistentes discutem como atualizá-los frente ao cenário da convergência e países latino-americanos estabelecem novas leis para o setor, o Brasil opta por ficar com a sua, de 1962, ultrapassada e em total desrespeito à Constituição, para proteger os interesses comerciais das grandes empresas.
Ao mesmo tempo em que descumpre o compromisso reiterado de abrir um debate público sobre o tema, o governo federal mantém iniciativas tomadas em estreito diálogo com o setor empresarial, acomodando interesses do mercado e deixando de lado o interesse público.
No setor de telecomunicações, na mesma data, foi anunciado um pacote de isenção fiscal de 60 bilhões para as empresas de Telecom para o novo Plano Nacional de Banda Larga em sintonia com as demandas das empresas, desmontando a importante iniciativa do governo anterior de recuperar a Telebrás, e encerrando o único espaço de participação da sociedade no debate desta política – o Fórum Brasil Conectado. Somando-se ao pacote anunciado de benesses fiscais, o governo declara publicamente a necessidade de rever o texto do Marco Civil da Internet que trata da neutralidade de rede, numa postura totalmente subserviente aos interesses econômicos.
Na radiodifusão, faz vistas grossas para arrendamentos de rádio e TVs, mantém punições pífias para violações graves que marcam o setor, conduz a portas fechadas a discussão sobre o apagão analógico da televisão, enquanto conduz de forma tímida e errática a discussão sobre o rádio digital em nosso país. Segue tratando as rádios comunitárias de forma discriminatória, sem encaminhar nenhuma das modificações que lhes permitiriam operar em condições isonômicas com o setor comercial.
Diante desta conjuntura política e do anúncio de que o governo federal não vai dar sequência ao debate de um novo marco regulatório das comunicações, ignorando as resoluções aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, manifestamos nossa indignação, ao mesmo tempo em que reiteramos o nosso compromisso com este debate fundamental para o avanço da democracia.
De nossa parte, seguiremos lutando. A sociedade brasileira reforçará sua mobilização e sua unidade para construir um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para um novo marco regulatório das comunicações.
Coordenação executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC:
Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub)
Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária – Abraço
Associação Nacional das Entidades de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões – Aneate
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
Conselho Federal de Psicologia – CFP
CUT – Central Única dos Trabalhadores
Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações – FITTEL
Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão – Fitert
Intervozes – – Coletivo Brasil de Comunicação Social
*Para adicionar sua assinatura e a de sua entidade a esta nota, envie e-mail para secretaria@fndc.org.br
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Edital de Convocação : Assembleia Geral Ordinária da ABRAÇO Nacional .
1 º – Informes das Estaduais;
2 º – Prestação de contas Exercício 2012;
3º – Relatório de atividades;
4º – Posicionamento sobre a relação com o Governo Federal;
5º – Aprovação das regras para o VIII Congresso Nacional;
6 º – Definição sobre a estrutura jurídica da Escola de Formação;
7º – Planejamento das atividades para 2013;
8º – Agenda Política;
9º – Assuntos Gerais.
Brasília, 08 de fevereiro de 2013
José Luiz do Nascimento Sóter
Coordenador Executivo
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Marcelo se reúne com secretária para debater os problemas na saúde de Barra Mansa .
Líder agradece
Zona da Mata Mineira se mobiliza para organização das Rádios Comunitárias .
Na reunião, discutiu-se a mobilização para as mudanças na legislação de radiodifusão comunitária, fiscalização da Anatel, questões técnicas, princípios de pluralidade religiosa e política na programação, direitos autorais, relações institucionais locais e estaduais e papel social das rádios comunitárias. Os representantes formaram uma comissão organizadora para um Encontro Estadual que deverá acontecer em breve, tendo Paulo Afonso (Serrana de Lima Duarte) e Luís Custódio (Adec FM) como coordenadores da Zona da Mata Mineira.
Além da região, já foram realizados encontros na Zona Metropolitana, no Campo das Vertentes, Oeste Mineiro, Vale do Mucuri, Triângulo Mineiro, Sul de Minas e Vale do Rio Doce. Ainda deverão ser realizadas reuniões com as rádios comunitárias do Vale do Jequitinhonha e Norte Minas, antes do Encontro Estadual que deverá criar a Abraço MG.
Informações: Ismar Capistrano -
Radialista comunitária é eleita vereadora mais votada do seu município .
O movimento de rádio comunitária do estado do rio grande do norte ainda comemora a eleição da Radialista Albervania Medeiros, que conseguiu se eleger graças ao seu trabalho de locutora de uma rádio comunitária localizada no município de ACARI a 208Km da capital potiguar.Dona de uma voz suave e um potencial enorme na hora de comunicar, falando a língua do povo, Albervania apresenta um programa todas as tarde na FM Gargalheiras 87.9. A radialista sempre veicula os artistas da terra, explorando o gênero brega.
Albervania anima as tardes do seu município através do rádio. Ela afirma que o seu trabalho diário no rádio, foi fundamental para a sua chegada a câmara municipal de Acari.. Com 32 anos, ela foi a vereadora mais votada do município, com 774 votos (9,51% do votos validos). Segundo a apresentadora, a sua campanha foi movida pela emoção e o clamor popular. "Eu devo a minha chegada à câmara municipal ao povo e aos meus ouvintes", ressaltou Albervania, que visitava os seus Eleitores de Bicicleta. Nos finais de semana, ela contratava um Moto Taxe e realizava as visitas da zona rural por ficar um pouco mais distante da cidade. "Prometo um mandato voltado para os movimentos sociais e do desenvolvimento da minha cidade. Saúde esporte e educação serão as minhas bandeiras de lutas ", afirma a vereadora e radialista Albervania Medeiros. A locutora fazia parte da coligação: Unidos pelo Bem de Acari, que tinha os seguintes partidos (PT / PTB / PR / PSB / PSD). Ela agora pretende ser a líder da oposição na casa.
Sobre Acari Região Seridó do RN
É considerada a cidade mais limpa do Brasil e abriga um importante acervo religioso do século XVIII. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário e o Museu Histórico de Acari, por exemplo, foram tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1964. O Açude Gargalheiras, com 40 milhões de metros cúbicos d'água, entre rochas e serras, é um espetáculo de rara beleza rústica. Acari tem 11.182 habitantes. Antiga aldeia dos índios cariris, seu nome tem origem em um tipo de peixe com escamas ásperas e deliciosa carne branca, comum no rio Acauã, que banha parte da região.
Com informações de Ugmar Nogueira
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
agenciaabraco.com : Presidente Dilma Rousseff recebe ofício histórico da Abraço-PI .
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Minicom divulga primeiro aviso de habilitação para Radcom em 2013
Já foi publicado pelo Ministério das Comunicações, o primeiro aviso de habilitação de 2013 para a inscrição de entidades interessadas em operar rádios comunitárias em 75 municípios. Os estados contemplados são do Norte (Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins), Nordeste (Bahia e Pernambuco) e Centro-Oeste (Goiás).
De acordo com o Minicom, neste ano serão divulgados mais 12 avisos de habilitação para novas rádios comunitárias no Brasil. Tanto municípios que ainda não possuem nenhuma emissoras quanto aqueles que já tem rádio comunitária, mas que também demonstram interesse pela outorga, participarão da seleção. A projeção para este ano, é que 706 municípios sejam contemplados. O objetivo é dar condições para que todos os municípios brasileiros tenham pelo menos uma rádio comunitária funcionando até o fim de 2013.
Foi definido também uma ação conjunta com a Universidade Federal Fluminense (UFF), para promover eventos de capacitação aos seguimentos de radiodifusão pública e comunitária. "Além de apresentar um diagnóstico da radiodifusão comunitária no país, o ministério vai mostrar para as associações que ainda não possuem autorização, para operar o que é uma rádio comunitária, como é o seu dia a dia e qual a documentação necessária para participar de um aviso de habilitação e receber outorga", afirma o coordenador geral de Radiodifusão Comunitária do Minicom, Samir Maia.
Bruno Caetano Da Redação
Com informações do Minicom